No início de fevereiro eu pude participar, pela primeira vez, da Campus Party em sua 10ª edição (#cpbr10). E a experiência eu posso resumir com uma única palavra: intenso! Foram cinco dias que troquei o sono por uma viagem relâmpago na cidade mais 🔝🔝🔝 do Brasil.
A Campus Party é uma grande festa/acampamento/feira/woodstock de tecnologia, empreendedorismo e inovação que tem edições em SP e BH. Caravanas de alunos, empresários e mídia do Brasil inteiro encaram a estrada, acampam no local e para trocam ideias por dias para espalhar o conhecimento de uma forma super informal, praticamente olho no olho.
Eu fui a convite do André Ruz, como “youtuber dos boards” para falar sobre design de jogos de tabuleiro, mercado, tecnologia e mais o que aparecesse. E foi bem isso tudo que rolou nos três dias que participei! Conheci muita gente, conversei (e joguei com) várias pessoas. Outro plus: pude finalmente conhecer pessoalmente o Sérgio Halablan!
Quando cheguei, acabei entrando de penetra na palestra do Lucas Pereira (game designer por trás do difícil-pra-raios Drillit!) e pude ajudar a falar um pouco sobre a experiência que estou tendo ao usar o Tabletopia. O tabletopia é um simulador de física de componentes de jogos que é utilizado como plataforma para desenvolvimento e publicação de jogos de tabuleiro. Como o ambiente é online, permite que pessoas do mundo inteiro conheçam seu jogo e hoje, para mim, é o verdadeiro “papel de pão 2.0” para prototipação de jogos.
Dia seguinte, uma mesa redonda só com feras sobre o mercado de jogos de tabuleiro no Brasil. Lucas Pereira como participante/agitador, Vanessa “da Funbox” e Sérgio Halaban, o game designer de maior carreira do Brasil. Foi muito legal ver a posição de cada um sobre o mercado de jogos nacionais. Ver a postura do Sérgio e Vanessa, que praticamente plantaram as sementes do hobby, sobre o boom que vem acontecendo em 2 anos foi épico. Como o público era praticamente constituído por colegas da engenharia/computação, ainda rolou um ótimo papo sobre a integração dos jogos analógicos com os digitais. Já deixo o spoiler que vem uma galera nova com uma ideia bombástica que vai dar o que falar no meio! 😀
Ultimo dia, mais uma mesa redonda. Sai o Halaban, entra o Fernando Tsukuno do Sua Vez e palestrante do (TEDx). Meio que continuando o papo do dia anterior, a conversa partiu para o lado mais “humano” da coisa. Sobre o que nos levou a ficar nesse hobby que parece inesgotável, sobre valores pessoais e como ele mudou a vida de cada um. Foi um bate-papo muito legal pois a platéia participou bastante durante a mesa. Muitos depoimentos legais sobre inclusão, família e mesmo até os preciosos momentos de fuga do dia a dia propiciados pelos jogos de tabuleiro.
Só isso tudo já valeria as fartas horas de viagem de sair de JF até SP mas ainda tem muita coisa boa que não aparece nas linhas acima. A #cpbr10 é algo surreal, imersão total. O ambiente faz você ficar ligado 24h, a sensação é que dormir é o mesmo que perder tempo (O Lucas já estava direto por 3 dias quando cheguei). Muita coisa rolando em paralelo: de palestras contínuas, mini-cursos, workshops, arena de combate de robôs, case mods, campeonatos, makers pra todo lado com impressão 3D, drones voando, youtubers com sua parafernália apontada para a cara, empresas disputando sua atenção e um staff super bem treinado e disponível. E claro, muita mesa de jogo!
Pra mim foi fantástico. Espero poder voltar com um busão cheio de alunos no próximo ano e ver como eles aproveitam a experiência de falar e ouvir sobre tecnologia e inovação por dias da forma mais humana que já vi. Onde o digital, o analógico e o social se misturam para fazer algo que sozinhos seriam incapazes de atingir.
Que legal! Eu nem tenho palavras para expressar tamanha gratidão que sinto pela generosidade sua é dos outros por aceitarem este evento. Amei conhecer todos vcs, e quero tentar planejar os próximos!